Entrevista – TV Integração – MGTV 1ª Edição – Assedio no ambiente de trabalho

O Assédio moral no trabalho é uma forma de violência psicológica que ocorre no ambiente profissional e pode ter inúmeras consequências para a saúde e bem-estar dos trabalhadores.

Esse tipo de comportamento é caracterizado por ações e/ou palavras que buscam intimidar, humilhar, desvalorizar ou isolar um trabalhador de forma repetitiva e persistente.

Na maioria das vezes, as mulheres são as maiores vítimas de assédio moral no ambiente de trabalho e podem desenvolver sintomas como ansiedade, depressão, estresse, insônia, entre outros problemas de saúde. Além disso, o assédio pode prejudicar a produtividade e a qualidade do trabalho, afetando a autoestima e a confiança.

Ex.: impossibilitar ou punir as gestantes de comparecer em consultas médicas; exigir que não engravidem; desvalorizar suas opiniões técnicas nas áreas de conhecimento que atuam; desmoralizar a mulher na frente de outros trabalhadores homens; ignorar a presença feminina; desrespeitar e humilhar em razão do sexo; criar constrangimento e/ou exposição da intimidade, impor diferenças salarias em razão do sexo, entre outros.

Os principais motivos para que essas condutas não sejam penalizadas, ou, ainda, para que não cheguem ao conhecimento dos responsáveis, estão relacionados ao medo da mulher de ser desligada da empresa, ou até mesmo por receio de que as suas denúncias sejam desvirtuadas.
É fundamental buscar informações sobre como agir ou como denunciar esses casos.
Lembre-se sempre de anotar detalhadamente as humilhações sofridas, anote o dia, mês, horário, nome, quem presenciou, o conteúdo e demais informações, se possível grave. Cada detalhe é importante na hora de fazer a denúncia.

Como agir ou relatar:
– Procure suporte emocional com amigos, família, colegas e psicólogos;
– Evite conversar a sós com o agressor. Leve um colega ou representante sindical para servir como testemunha ou grave a conversa;
– Busque apoio jurídico com profissionais devidamente habilitados;
– Entre em contato com os responsáveis pelo Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) ou com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
– Relate as agressões na Ouvidoria ou no setor de Recursos Humanos da empresa e solicite uma mediação para solucionar o problema. Além dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), relatando o ocorrido a um assistente social.
– Caso seja celetista, denuncie no Ministério do Trabalho e Emprego.
– Se seja servidor público procure ajuda no setor de atendimento à saúde ou Recursos Humanos e/ou nas seguintes instituições e órgãos: Ministério Público do Trabalho, Justiça do Trabalho, Comissão dos Direitos Humanos.

Não se cale ! Denuncie !

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